Apesar de, até quase à última hora, ter vivido na esperança de participar em Roma no Jubileu da Juventude, acompanhando os cerca de 200 jovens madeirenses que se deslocaram àquela cidade, não consegui esse objetivo. Tenho-me visto obrigado a acompanhar à distância aquele que será, sem dúvida, um momento de graça para todos.
Como nas Jornadas Mundiais da Juventude, a Roma chegaram jovens do mundo inteiro que, à volta do Papa Leão, dão testemunho uns aos outros e ao mundo da verdade de Cristo ressuscitado e da alegria e transformação que a fé provoca em nós.

Era um ambiente que se podia já perceber na Eucaristia de abertura. Na homilia que nessa altura proferiu, Mons. Rino Fisichella, encarregado da organização do Jubileu, chamou a atenção de todos para a figura de Santa Marta como mulher de fé, a partir da leitura do evangelho de S. João (Jo 11,1-27).

Em particular, mostrou como a fé é encontro com Jesus, sendo que é Ele quem vem ao nosso encontro quando quer, como quer, no modo que Ele estabelece. Disse ainda que a fé que é resposta e disponibilidade vigilante da nossa parte, e vincou como a fé é liberdade e nos torna livres — liberdade de Deus que não nos abandona e que nos conduz à felicidade, e liberdade nossa ao renunciarmos a qualquer coisa para irmos ter com o Senhor. Por fim, Mons. Fisichella mostrou como a fé, que nasce em nós a partir da escuta dos apelos de Deus, consiste também no testemunho da ressurreição, sendo, por isso ação, transformação do mundo, certeza de que Jesus é para todos.
Mesmo à distância, deixemo-nos interpelar por este acontecimento, central neste Jubileu de 2025.